O que é o Sistema de Saúde Suplementar?
Saúde é o elemento essencial para a população, para a competição entre empresas e para o desenvolvimento econômico e social do País. No Brasil esse direito é exercido através do Sistema Único de Saúde (SUS), cujo o objetivo é garantir condição médica, hospitalar e de bem-estar à população.
Porém o setor público até hoje não conseguiu comportar a população de maneira qualitativa, por isso que em meados de 1960, com o crescimento econômico do Brasil e o avanço do trabalho formal, surgiram empresas do setor privado a oferecer planos de assistência médica aos seus colaboradores.
Mas até 1998 não havia regulamentação, foi quando o governo constituiu a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), criadora da lei nº 9.656/98, propositalmente para enquadrar todas as empresas do setor dentro do rol de procedimentos, regras e deveres.
O Sistema de Saude Suplementar brasileiro é um dos maiores do mundo, e através das operadoras/seguradoras fornecem assistência médica, sem tirar o direto do cidadão de ser atendido pelo SUS.
Atualmente estima-se que aproximadamente 50.493.061 cidadãos usufruem de planos privados assistenciais, número que praticamente iguala a melhor marca do setor, em 2014.
Qual é o objetivo do Sistema de Saúde Suplementar?
Além de proporcionar segurança e bem-estar para a população, o principal objetivo é garantir a população o acesso a saúde, com foco em tratamentos de doenças, curas e melhorias dos sintomas.
Quais os principais desafios do sistema suplementar de saúde?
Com o crescimento do setor e de pessoas com acesso a planos privados, houve um crescimento da sinistralidade, que nada mais é do que a utilização do plano, ou seja, quando vamos ao médico, quando realizamos exames, cirurgias, enfim, todo e qualquer procedimento realizado com a carteirinha do plano médico, gera um custo de utilização.
E esse crescimento tem preocupado bastante o setor, que após alguns estudos concluiu que os 4 principais motivos são:
- O formato de remuneração dos prestadores de serviço (médicos, clínicas e hospitais) que tem como base o nº de procedimentos realizados;
- O pequeno foco na assistência preventiva, que faz com que ocorra um aumento de casos complexos, emergências, que obviamente, são mais caros que a prevenção;
- As atualizações do rol de procedimentos mínimos que obrigatoriamente precisam ser providos pelos planos de saúde, sem que seja considerada a efetividade da tecnologia o quanto custará para ser implementada;
- O acesso restrito a dados de saúde de beneficiários de planos coletivos empresariais.
Contudo, torna-se muito complexa as análises e adequações de preços, procedimentos cobertos e sinistralidade, o que acaba gerando muitas judicializações de processos o que além de dificultar ainda mais o acesso, encarece a assistência, proporcionando uma experiência negativa para quem utiliza o plano de saúde.
Abaixo disponibilizamos um link para consultar o programa de qualificação das operadoras e seguradoras:
Dados do Programa de Qualificação de Operadoras — Agência Nacional de Saúde Suplementar (www.gov.br)